AJUDANDO QUEM SE QUEBROU

Anos atrás caí de uma bicicleta e meu pé esquerdo ficou preso sei lá onde. Foi um susto muito grande, pois meu pé pendurou e eu não consegui mais levantar do chão.
Um tombo com sérias consequencias.
Passei um ano de cadeira de rodas, com a minha vida absolutamente parada.
Tudo girava em torno do problema e minha vontade era débil. Não queria ler, não tinha vontade de pintar, nada tinha graça.
Somente na internet é que encontrei um passatempo, acabei produzindo muitos textos, que ficaram anos parados nos arquivos, pois eu imaginava que ninguém iria se interessar por eles.

Dias atrás encontrei os textos produzidos naqueles dias, semanas, meses intermináveis, e resolvi arriscar a publicação. Mas motivada pelo acidente bobo de um amigo, que se quebrou e teve um diagnóstico parecido com o meu, ou seja, ficar parado por bastante tempo.

Juntando as idéias, resolvi criar esse blog para ajudar àqueles que estão nessa situação, pois naquela época eu andava ávida por informações ou exemplos.

Quem sabe os meus arquivos de então possam ser úteis a alguém?

Se forem, já terão cumprido uma bela missão.



ilanehof@hotmail.com

































quinta-feira, 11 de março de 2010

Tristeza... (04/05/2002)

Como não chorar a tristeza de uma situação de abandono emocional??? Parir uma nova personalidade requer limpeza e entendimento dos velhos arquivos. A criança sem amor pede licença à vida para receber o que lhe falta e, quando se dá por conta, já está na metade do seu caminho nessa existência e ainda está buscando o amparo, o abraço, o aconchego que nunca teve, na medida da sua necessidade.
E entende que desenvolveu o arquétipo do comando e do controle, para que nunca nada esteja fora do lugar, que tudo corra de acordo para que não sinta falta de nada, ....nada que lhe recorde que não é tão importante quanto gostaria, no coração dos mais chegados.


E lá se vão 106 dias, sentada e pensando, aprendendo um monte, com muita ansiedade por sair, ver gente, acertar sua vida.


O desânimo de ver um RX com as fraturas em quase igual estado do que quando se quebraram, deixa um vazio enorme no coração e o pensamento: o que foi que ainda não aprendi????
Ou não modifiquei???
Porque eu???

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