AJUDANDO QUEM SE QUEBROU

Anos atrás caí de uma bicicleta e meu pé esquerdo ficou preso sei lá onde. Foi um susto muito grande, pois meu pé pendurou e eu não consegui mais levantar do chão.
Um tombo com sérias consequencias.
Passei um ano de cadeira de rodas, com a minha vida absolutamente parada.
Tudo girava em torno do problema e minha vontade era débil. Não queria ler, não tinha vontade de pintar, nada tinha graça.
Somente na internet é que encontrei um passatempo, acabei produzindo muitos textos, que ficaram anos parados nos arquivos, pois eu imaginava que ninguém iria se interessar por eles.

Dias atrás encontrei os textos produzidos naqueles dias, semanas, meses intermináveis, e resolvi arriscar a publicação. Mas motivada pelo acidente bobo de um amigo, que se quebrou e teve um diagnóstico parecido com o meu, ou seja, ficar parado por bastante tempo.

Juntando as idéias, resolvi criar esse blog para ajudar àqueles que estão nessa situação, pois naquela época eu andava ávida por informações ou exemplos.

Quem sabe os meus arquivos de então possam ser úteis a alguém?

Se forem, já terão cumprido uma bela missão.



ilanehof@hotmail.com

































quinta-feira, 11 de março de 2010

Pequenas conquistas, grandes efeitos...(04/02/2002)

Quando nos deparamos com a imobilidade e a dependência, o mundo toma proporções gigantescas, num sentimento de incapacidade ou pequenez  que só será entendido por aquelas pessoas que passaram por essa situação.


A adaptação à essa nova situação pode ser rápida ou lenta, isso depende da estrutura emocional da pessoa.
Mas uma coisa é incrível: cada conquista, cada som, cada momento de superação tem um sabor de vitória interior sobre si mesmo, independente da observação alheia.


Por exemplo, o som do xixi caindo dentro do vaso sanitário, significa liberdade de movimentos para quem conseguiu chegar até o vaso, depois de um período de absoluta dependência.
O valor de um esforço penoso para buscar uma merenda em um outro local, o suador que dá para exercitar o membro fraturado, a importância do corpo estar saudável para que reaja positivamente às novas exigências, isso tudo traz um centramento importante, um vivenciar o próprio “eu”.
Um momento de “migo” para comigo...
E a vida continua passando por mim...

04/02/2002

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